O Mirante

SECÇÃO: Sociedade

PS de Salvaterra propõe criação de Banco do Tempo para ajudar desfavorecidos

O vereador socialista da Câmara de Salvaterra de Magos e deputado na Assembleia da República, Nuno Antão, propôs na última reunião de câmara a criação no concelho de uma linha amiga e de um Banco do Tempo onde as pessoas que quisessem podiam ajudar quem mais precisa no concelho. A ideia do vereador vem no seguimento das notícias que têm saído na comunicação social, nomeadamente em O MIRANTE, sobre o casal de Foros de Salvaterra a quem a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) retirou os três filhos menores alegando falta de condições de habitabilidade.

“A criação destes dois projectos seria uma forma de o município ter um papel mais activo na resolução de problemas complicados que têm solução. Temos que evitar que mais crianças sejam retiradas aos pais justificadas unicamente, como tem sido publicado, por pobreza das famílias”, afirmou o deputado.

A situação levantou polémica uma vez que a presidente do Município de Salvaterra de Magos, Ana Cristina Ribeiro (BE), desvalorizou a proposta do Partido Socialista não dando resposta à proposta de Nuno Antão. O vereador socialista não gostou de a sua proposta não ter sido discutida o que o levou a afirmar que o silêncio significa que “o executivo municipal se está borrifando para as questões de cariz social do concelho”.

Ana Cristina Ribeiro explicou que não fez nenhuma referência à proposta do vereador socialista uma vez que essa tem sido uma luta constante da autarquia. “Essa preocupação é tão nossa desde a primeira hora que nem valerá a pena estar a fazer publicidade em prol dos mais desfavorecidos. A Câmara de Salvaterra não recebe nenhuma lição de solidariedade uma vez que desempenhamos esse papel no dia-a-dia. Durante muito tempo ajudamos crianças e famílias carenciadas sem termos obrigação de o fazer”, afirmou.

O vereador do BE, João Abrantes, acusou o PS de ser o culpado por existirem, actualmente, cerca de dois milhões de portugueses a viver em situação de pobreza. “Não deixa de ser curioso que o PS primeiro cria a pobreza gerando políticas de baixo rendimento, desemprego e precariedade. Depois vem propor soluções para as câmaras municipais resolverem as questões de pobreza. O governo PS é que tem que resolver um problema que ele próprio criou”, rematou.